sexta-feira, 4 de abril de 2008

Como escolher a profissão certa?

Dá até pena, o pobre adolescente, normalmente aos 17 anos, é praticamente obrigado a decidir o que irá fazer pelo resto de sua vida. Cedo demais? Acredito que sim. Pois pedir a um adolescente cheio de hormônios, angústias, indecisões, que decida como quer viver pelos próximos 50 anos, quiça 60, 70 como vemos alguns profissionais é algo um pouco covarde, mas que a sociedade impiedosa não se preocupa muito. Então, começa a jornada, cursinhos, vestibulares, ENEM, estudo, cansaço, incerteza, aprovação ou reprovação e, vai seu ano embora..No entanto, muito embora as angústias do vestibulando sejam muito familiares para mim, quero me ater apenas a uma: Como escolher a minha carreira?

Baseado em que devo escolher minha carreira? Aptidão. Ótimo, mas como sei que aquela minha mania maluca de ficar abrindo o liquidificador velho da vovó pode indicar que seria um bom engenheiro? Ou como ter certeza de que quero a Medicina realmente ou só estou entrando nessa porque meu pai/mãe é médico ou então por achar lindo salvar a vida das pessoas? O fato é que muitas vezes escolhemos a nossa profissão baseados apenas em admiração por determinada pessoa ou carreira, ou porque entedemos que aquela profissão nos trará retorno financeiro, prestígio ou temos ainda os que querem apenas ser famosos (para esses, com desejo tão profundo, mandem uma carta para o Big Brother). Não podemos nos deixar levar pela emoção, mas sim, pela lógica das coisas. Se eu gosto de Matemática e Física, não devo me enveredar por um área que não tenha nada de exato. Ou se amo ler e detesto número não posso acreditar que serei tão bom engenheiro como o vovô, por exemplo.

Para escolher a carreira é preciso auto-conhecimento, analisar as minhas matérias preferidas, buscar conselhos em quem confiamos, muitas vezes, as pessoas de fora nos conhecem muito melhor do que nós mesmos.E pensar, como quero estar daqui a 10 anos, como pretendo conduzir minha vida? O que mais valorizo: Fazer o que gosto? Bem-estar financeiro? Prestígio e status social? Fama? E o mais importante, nunca ter vergonha de mudar. Se entrou em um curso e não gostou, não tenha vergonha de voltar atrás, conheço profissionais que assim o fizeram e foram muito felizer em suas novas escolhas. Afinal, o importante nessa vida é ser feliz, e aos 17 anos o mundo ainda é muito pequenos aos nossos olhos.